A MEDIDA DE CENTRALIDADE POR PROXIMIDADE E SUAS RELAÇÕES COM A FORMA URBANA

Autores

  • Daniel Trindade Paim Universidade Federal de Santa Catarina
  • Ana Paula Neto de Faria Universidade Federal de Pelotas

Palavras-chave:

Centralidade por Proximidade, Compacidade, Irregularidade.

Resumo

O presente trabalho verifica se o padrão distributivo estatístico da medida de Centralidade por Proximidade consegue descrever aspectos como compactação/fragmentação da forma da cidade e irregularidade da rede urbana. Foram selecionadas 29 cidades brasileiras de porte semelhante com padrões de vias e mancha urbana variados. Os sistemas urbanos foram descritos por seus centros de vias representados por meio de grafos, a fim de analisar as correlações entre a medida e os aspectos urbanos descritos. Observou-se que o padrão distributivo da medida é fortemente influenciado pela compacidade da forma urbana e diretamente relacionado í  maior ou menor presença de vazios urbanos. Também apresentou relações com a irregularidade da rede, entendida como o nível hierárquico do traçado viário em termos conectivos. Cidades mais compactas e mais irregulares (enquanto redes) possuem melhores índices gerais com a medida. Os resultados alcançados até o momento sugerem que o uso de descritores do comportamento agregado da medida Centralidade por Proximidade pode ser um bom indicador de características mais globais da estrutura morfológica urbana.

Biografia do Autor

Daniel Trindade Paim, Universidade Federal de Santa Catarina

Possui Graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pelotas - UFPel (2012), Especialização em Docência no Ensino Superior pelo Centro Universitário Senac (2017), Mestrado em Arquitetura e Urbanismo pelo Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PROGRAU) da Universidade Federal de Pelotas - UFPel (2015). Atualmente, é Doutorando no Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Santa Catarina. Desenvolve trabalhos com ênfase nos estudos urbanos, mais precisamente estudos confiuracionais, de morfologia urbana, dinâmica espacial urbana, entre outros.

Ana Paula Neto de Faria, Universidade Federal de Pelotas

Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Pelotas (1990), mestrado em Programa de Pós-graduação em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2002) e doutorado em Programa de Pós-graduação em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2010). Atualmente, é Professora da Universidade Federal de Pelotas e Coordenador do Curso de Arquitetura e Urbanis da Universidade Federal de Pelotas. Tem experiência na área de Planejamento Urbano e Regional, com ênfase em Métodos e Técnicas do Planejamento Urbano e Regional. Atuando principalmente nos seguintes temas:Cognição ambiental urbana, Estrutura cognitiva, Morfologia urbana, Modelos de simulação urbana, planejamento urbano e simulação da estrutura cognitiva.

Referências

Abdo, H.; & Dimitrov, D. (2012). The total irregularity of a graph.arXiv:1207.5267v1 [csDM].

Albertson, P. (1997). The irregularity of a graph. Ars Combinatoria, v. 46, pp. 219-225.

Alavi, Y.; Chartrand, G.; Chung, F. R. K.; Erdös, P.; Graham, R. L.; & Oellermann, O. R. (1987). Highly Irregular Graphs. In: Journal of Graph Theory, v. 11, n. 2, pp. 235-249.

Barabási, A. L.; & Albert, R. (1999). Emergence of scaling in random networks. In: Science, 286, pp. 509-512.

Bell, F. K. (1992). A note on the irregularity of graphs. Linear Algebra and its Applications. v 161, p. 45-54.

Chartrand, G.; Erdös, P.; & Oellermann, O. R. (1988). How to Define an Irregular Graph. The College Mathematical Journal 19, v. 1, p. 36-42.

Christofoletti, A. (1980). Geomorfologia. (2ª ed.). São Paulo: Editora Edgard Blücher Ltda.

Collatz, L.; & Sinogowitz, U. (1957). Spektren endlicher Graphen. Abh. Math. Sem. Univ. Hamburg, v. 21, pp. 63-77.

Dimitrov, D.; Brandt, S.; & Abdo, H. (2014). The total irregularity of a graph. Discrete Mathematics and Theoretical Computer Science. v. 16:1, 2-14, p. 201-06.

Faria, A. P. N. de. (2010). Análise configuracional da forma urbana e sua estrutura cognitiva. Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.

Gastner, M. T.; & Newman, M. E. J. (2006). The spatial structure of networks. In: The European Physical Journal B, v. 49, pp. 247-252.

Hillier, B. (2002).A Theory of the City as Object: or, spatial laws mediate the social construction of urban space. In: Urban Design International, v. 7.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatí­stica / IBGE (2010). Censo de 2010. Recuperado em 23 de fevereiro, 2014, de <http://cidades.ibge.gov.br/xtras/home.php>

Krafta, R. (2014). Notas de aula de Morfologia Urbana. Porto Alegre: Editora da UFRGS.

Medeiros, V. A. S. de. (2006). Urbis Brasiliae ou sobre cidades do Brasil: inserindo assentamentos urbanos do paí­s em investigações configuracionais comparativas. Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasí­lia, Brasí­lia, DF, Brasil.

Nikiforov, V. (2006). Eigen values and degree deviation in graphs. In: Linear Algebra and its Applications, 414, pp. 347-360.

Paim, D. T. (2015). Comportamento agregado da medida de Acessibilidade na descrição da morfologia urbana. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil.

Polidori, M. C.; & Krafta, R. (2003, maio). Crescimento urbano - fragmentação e sustentabilidade. Anais X Encontro Nacional da ANPUR. Belo Horizonte, MG, Brasil.

Sicsú, A. L.; & Dana, S. (2012). Estatí­stica aplicada: análise exploratória de dados. São Paulo: Editora Saraiva.

Sharpe, N. R.; Veaux, R. D. De; & Velleman, P. F. (2011).Estatí­stica aplicada: administração, economia e negócios (Traduzido por Lori Viali). Porto Alegre: Bookman.

Watts, D. J., & Strogatz, S. H. (1998). Collective dynamics of "small-world" networks. In: Nature, n. 393. pp. 440-442.

Downloads

Publicado

2017-12-29

Edição

Seção

Planejamento Urbano e Regional