Os sentidos sociais da produção cultural independente: usos e abusos de uma noção instável

Autores

  • José de Souza Muniz Jr. Universidade de São Paulo (USP)

Palavras-chave:

independência, representação, fórmula, produção cultural, comunicação.

Resumo

Seguindo as pistas de uma sociologia discursivamente orientada das práticas de cultura e de comunicação, este trabalho explora algumas possibilidades para o estudo da produção cultural (auto)denominada independente. Partindo dos conceitos de representação (tal como trabalhado por Chartier e Bourdieu) e fórmula discursiva (discutido por Krieg-Planque), discutimos as implicações de tomar o "independente" como categoria nativa, ou seja, como noção que faz sentido para os agentes e dá sentido às suas práticas. Propomos critérios analíticos para apreender a heterogeneidade de aparições do "independente" no espaço público, de modo a esclarecer os vínculos dessa unidade sintagmática polissêmica í  pluralidade de posições sócio-discursivas que dela se valem para instituir tomadas de posição que descrevem e prescrevem estilos de presença no campo da cultura.

Biografia do Autor

José de Souza Muniz Jr., Universidade de São Paulo (USP)

Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Sociologia na Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Ciências da Comunicação e graduado em Comunicação Social-Editoração pela mesma universidade. Realizou estágio doutoral no Centro de História Intelectual da Universidad Nacional de Quilmes (UNQ), Argentina. É bolsista da Fundação de Amparo í  Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

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Publicado

2016-02-16